Atlético vs Tangerina Mecânica

Atlético 2 vs 3 Tangerina Mecânica

Neste feriado bastante molhado, jogavam pela segunda vez em menos de uma semana os líderes do Grupo B e possivelmente as que praticam melhor futebol neste momento. Com o orgulho ferido devido à derrota na semana anterior, o Atlético apostava forte na desforra levando para o encontro a maioria do seu plantel enquanto que a Tangerina não podia contar com o seu melhor jogador do encontro anterior, Manel.

O Atlético entrou em campo num esquema bastante coeso, juntando as suas linhas para evitar que os citrinos explorassem os seus eficazes contra-ataques. Com isto, os vermelhos entregaram a iniciativa do jogo aos adversários e ficavam à espera do erro para aproveitar, sem que com isto, se tenham tornado uma equipa menos perigosa, com Daridah e Hugo Mira sempre à espreita dos ataques rápidos. Teve que ser numa troca de bola na defesa que a Tangerina conseguiu furar a defesa encarnada. Miguel na posição de central, desmarca Neves no limite da área e este assiste Pinto de primeira que, com um remate forte coloca a bola a bater na barra e entrar sem hipóteses para Bufred. Com este revés na táctica montada, o Atlético lançou-se para o ataque e colocava pressão logo à saída da área citrina, embora Pinto conseguisse muitas vezes fazer circular a bola e levar perigo à área adversária. Em mais um rápido contra-ataque dos vermelhos, conseguem ganhar o canto. Na sua marcação, Neves comete a proeza de falhar o corte e introduzir a bola na própria baliza. Um duro golpe para os restantes colegas que podia deitar a confiança por terra. Mas como esta é uma equipa mais madura que nas épocas anteriores, partiu à procura da vitória. Mais uma vez, teve que ser Pinto a vir buscar o jogo atrás já que a muralha encarnada estava bastante bem montada e Candeias limpava tudo o que lhe aparecia à frente. Mas numa jogada confusa, Pacheco remata enrolado e consegue desempatar a partida para o lado dos citrinos. Mais uma vez, cabia ao Atlético correr atrás do prejuízo e subir no terreno à procura do golo do empate. Numa jogada individual particularmente bonita, Hugo Mira desembaraça-se de 5 adversários e remata colocado ao posto, onde João Pedro corresponde com uma grande estirada.

A 6 minutos do fim, Daridah empata a partida num remate colocado sem hipóteses para o redes laranja. Mas como os citrinos não baixam os braços, a 3 minutos do fim, Miguel parte para o contra-ataque e aguenta com a carga de ombro de Mira em missão defensiva (Skin estava na posição de avançado) e remata para o fundo das redes defendidas por Bufred. Até ao fim, foi o tudo por tudo por parte dos vermelhos mas o resultado não voltou a sofrer alterações.

Com a Champions e o primeiro lugar no grupo B assegurados, cabe à Tangerina Mecânica lutar jogo a jogo para manter a invencibilidade mas continua com humildade já que ainda não está ganho nenhum título e já em épocas anteriores, os citrinos claudicaram nos momentos decisivos. O Atlético continua a depender apenas de si próprio mas agora com uma margem de manobra mais reduzida, já que os Académicos estão já aí “à espreita”.


Tangerina Mecânica: João Pedro (GR), Tiago, Aragão, Neves (1 AG), Pinto (1), João Francisco, Miguel (1) e Pacheco (1).

Atlético: Fred (GR), Candeias, Bigodes, Daridah (1), Djalo, Hugo Mira, Skin e Mesquita.

Melhor em campo pela Tangerina Mecânica: João Pedro, foi o keeper laranja que manteve a vitória segura com uma grande exibição. Embora o colectivo tenha sido o ponto positivo do jogo, o keeper efectuou 3 intervenções importantíssimas que negaram o golo aos adversários.

Melhor em campo pelo Atlético: Hugo Mira, tem uma técnica acima da média e é um perigo constante para a baliza adversária. Neste jogo desempenhou ainda papéis mais defensivos. De registar a jogada em que, com fintas consecutivas, se consegue desembaraçar de 5 adversários. Um excelente jogador, sem sombra de dúvida.