Cascalheira vs Tangerina Mecânica

Cascalheira 4 vs 5 Tangerina Mecânica

Seria com um calor intenso que se iria disputar esta partida entre duas equipas que tinham ganho na primeira jornada e que queriam continuar invencíveis.

Cascalheira queria provar em campo que é uma equipa a ter em conta para os lugares cimeiros e que não entrou no Torneio apenas pela diversão. Por seu lado, a Tangerina Mecânica pretendia continuar com o nível exibicional da primeira jornada.

Início de jogo bastante lento, com as duas equipas a acusarem alguma moleza devido ao calor. Acabaria por ser os de branco a inaugurarem o marcador com um remate de fora da área na zona central por parte de Mesquita, após mau alívio de Neves. Cinco minutos volvidos e novo golo para a Cascalheira, desta vez por parte de Paulo, que marca de cabeça ao segundo poste mesmo com a oposição de Manel. A Cascalheira geria o resultado e sofria algum sufoco na defesa pois eram cercados pelos citrinos que corriam atrás do prejuízo. E mantiveram a baliza inviolável muito graças às excelentes intervenções de Pedro, e quando este falhava, eram os defesas ou até a barra que impediam o golo laranja. À meia hora de jogo, novo golo para os de branco para total espanto de todos os que assistiam ao jogo. Mais uma vez marcado por Mesquita, que fura pelo lado esquerdo e perante a saída de João Pedro, remata para o poste mais afastado e coloca o marcador em 3-0. Nem 5 minutos depois e Paulo aproveita um mau passe de João Vasco para rematar de fora da área, tabelando a bola em Neves e enganando João Pedro. O choque era total com os citrinos a serem humilhados por 4-0, frente a uma equipa dos Cascalheira bastante pragmática!

Era necessário quebrar o enguiço. A bola teimava em não entrar na baliza de Paulo e juntamente com o cansaço provocado pelo calor, os laranjas começavam a baixar os braços. Mas a 25 minutos do fim, João Vasco arranca pela direita, tabela com Pacheco e remata à entrada da área com a bola a bater na parte de dentro do poste direito da baliza. Novo ânimo para tentar a reviravolta! Embora muitas vezes tenham forçado os remates de longe sem qualquer perigo, os citrinos não conseguiam penetrar na defesa adversária. Mas quando isso acontecia, os golos apareciam. Foi o que fez Miguel que marcou isolado frente a Pedro. Seria de canto que Pinto reduziria para 4-3 a dez minutos do fim. Rematou forte à entrada da área sem hipóteses. Nesta altura, os Cascalheira limitavam a fazer passes em profundidade sem nexo, que eram facilmente interceptados pela defesa laranja. E a jogar mais com o coração do que propriamente com a cabeça, a Tangerina Mecânica chega ao empate por Manel a rematar cruzado de fora da área, depois de ter tirado um adversário do caminho com uma finta da direita para o meio. E para finalizar 25 minutos de intenso esforço e bastante suor, uma das poucas jogadas colectivas da equipa laranja. Pinto leva a bola pelo meio, mete à direita em Pacheco que coloca na linha de fundo para Manel. Este controla a bola, levanta a cabeça e cruza rasteiro ao segundo poste onde aparece João Vasco a encostar para as redes. Estava feita a reviravolta para gaúdio de toda a massa associativa laranja.

Foi um jogo bastante atípico dos Tangerina. Pode ter sido devido a bastantes factores mas um importante terá sido a primeira ausência da convocatória de sempre de Aragão. Da parte da Cascalheira, viram-se com uma vantagem alargada e decidiram defender o resultado, abdicando praticamente do ataque e demorando o seu tempo nas reposições de bolas.

Jogaram pelos Cascalheira: Pedro, Zdré, Paulo (2), Franco, Ika, Didi, Mesquita (2) e Sassá.

Jogaram pelos Tangerina Mecânica: João Pedro, Neves, Pinto (1), Bernardo, Manel (1), Pacheco, Miguel (1) e João Vasco (2).

Melhor em campo pelos Cascalheira: Pedro, foi adiando os golos adversários com defesas para todos os gostos. A remates de longe ou a saídas aos pés dos adversários, fechando todos os caminhos da baliza. Grande exibição!

Melhor em campo pelos Tangerina Mecânica: João Vasco, num jogo muito mau de todos os elementos da equipa, acabou por se destacar por ter marcado os golos do início e do fim da reviravolta. Mesmo assim andou perdido no início da partida e pulmão nem vê-lo. Há que continuar a trabalhar.